no último post eu enchi a bola do preto falando que ele resolvia bastantes problemas. Sim, isso é verdade, mas tem-se que tomar cuidado com uma coisa quando se utiliza ele.
em imagens impressas, as cores são posicionadas em retículas , uma maneira de se conseguir tons intermediários ( o famoso degradê). nessa restícula as cores são dispostas em diferentes ângulos, geralmente o preto ou a cor mais visível a 45°, o ciano a 75°, o magenta 45° e o amarelo a 0°.
fonte da imagem: http://home.sharpdots.com/resources/color.cfm?HDID=GP
Acontece que quando se usa apenas o preto “k” para imprimir alguma área apenas um “ângulo” da rosácea é preenchida, assim, o preto fica “transparente”, ou seja ele não preenche totalmente a área impressa. Caso essa imagem preta esteja sobreposta a uma outra imagem do fundo, que utiliza outras cores, essa imagem aparecerá. Isso gera uma estranha sensação e incomoda o olho. Muitas vezes só se descobre isso quando o material já foi impresso, por isso é preciso tomar cuidado com esse fator. Programas como o Illustrator permite que você configure o preto na impressão para ser sempre o preto “rico”, ou seja, não transparente.
Esse é um exemplo de preto transparente retirado de um cartaz de divulgação de uma balada. Eu dei uma pequena arrumada nas cores dele no photoshop para que ficasse mais claro o que quero mostrar. no primeiro exemplo, olhe como a faixa preta transparece a continuação do desenho à direita e , talvez o pior, olhe como no segundo exemplo, a faixa revela o resto do quadro branco.
aí fica um outro conselho: cuidado com as gambiarras. Por mais que na maioria das vezes elas resolvam os problemas,
pode ser que alguma vez venha dar “zica” e o feitiço virar contra o feiticeiro. é o caso desse quadro branco, que poderia facilmente ter sido reduzido para não invadir a faixa preta, mas foi apenas coberto.
quando for necessário refazer um trabalho, é muito chato consertar um remendo ( porque muitas vezes é difícil lembrar o que se fez, ou esse remendo não tem mais volta)